19.3.12

Estrada

A estrada era longa, longa a perder de vista, naqueles dias o calendário não era algo que importasse em demasia. Calor, estava provavelmente calor, e não fossem as janelas do carro abertas na totalidade, pode crer-se que ele suaria. Ele suava sempre bastante.


O carro andava bem menos do que ele gostaria. Tornava tudo bem mais demorado, bem mais complicado, sobretudo numa época em que já se havia desaprendido a lentidão. Mas, na verdade, sempre alguma árvore, uma casa, uma pessoa à beira da estrada lhe despertava a atenção, acabando por o alimentar de pequenos nadas.

O caminho demorava. Mas ele sabia que haveria de chegar ao destino.