Eles entram água dentro ao fim da tarde
como se os sonhos não voltassem a nascer
a cada noite. Eles entram, destinados ao
mergulho, como se o acordar não fosse
mais que uma promessa.
Quando os seus pés na areia se refrescam,
destinados ao sorriso eles seguem água dentro.
Não precisam de mensagens ou cidades, o seu
mundo é garantido e os seus corpos resistiram
à passagem da idade.
Eles entram, como quem sai ao encontro
de um destino que não foge, nem se adianta, à
palavra que lhes falta, sem discurso ou realidade.
Ao fim da tarde, mergulhados, água dentro,
essa é a sua única verdade.