4.7.16

Mergulho

Eles entram água dentro ao fim da tarde
como se os sonhos não voltassem a nascer
a cada noite. Eles entram, destinados ao 
mergulho, como se o acordar não fosse
mais que uma promessa.

Quando os seus pés na areia se refrescam, 
destinados ao sorriso eles seguem água dentro. 
Não precisam de mensagens ou cidades, o seu 
mundo é garantido e os seus corpos resistiram 
à passagem da idade.

Eles entram, como quem sai ao encontro 
de um destino que não foge, nem se adianta, à
palavra que lhes falta, sem discurso ou realidade. 
Ao fim da tarde, mergulhados, água dentro, 
essa é a sua única verdade.