Dos tantos
de sangue e carne sua,
ele detinha
as pernas mais fortes
e a
capacidade da palavra.
Então, no
seu quarto, ele inaugurava
a solidão.
Era de todas
as noites a primeira,
o mais jovem
de todos os irmãos
nascidos em
dia comum
gritou com
sentido.
Sempre a
casa tinha sido feita
de grunhidos
ou silêncio
e ele
inaugurava a palavra dentro das paredes.
Todos
acordaram em terror,
temendo a
invasão,
e bateram com os pés nas paredes,
esfregaram
os cabelos com raiva
até que a
palavra se repetiu.
Cercaram a
sua origem e
perceberam.
A palavra
era de um deles.
O pastor.