2.2.11

Pequena morte. Pequeno prazer.

Um pequeno prazer. Chegar ao escritório e ver sobre a mesa um embrulho bem magoado por uma longa viagem - de tanto tombo, já o haviam coberto de plástico, ao original envelope de papel. Dentro, a revista pequena morte, com o tema futebol-arte, editada por Fernando Miranda e Raquel Menezes, da editora Oficina Raquel.

O pequeno prazer. Percorrer-lhe as páginas até lhe encontrar o meu nome. Estudar-lhe as letras, reler os textos enviados, à procura desse tempo que já passou mas ficou marcado no papel. Sorrir, perante as pequenas tonterías que sempre ofereço a quem me pede uma nota biográfica.

Mais que o prazer. Encontrar ainda livros do valter hugo mãe e do Luís Maffei, no envelope chegado do Brasil. Sentir-lhes a proximidade que textos e afectos permitiram. Ter a perfeita noção de que nada disto é mais importante que uma vida, alguma saúde, algum sossego. Ter a gloriosa sabedoria de que encontrar, nestas pequenas coisas, uma boa razão para ser feliz.