Existem quantas maneiras de partir para uma guerra? Quantas formas de dizer as mesmas frases uma e outra vez? Eu, que tantas vezes optei pelo silêncio, solto agora um grito intenso do meu peito.
Existem quantas línguas de fogo no incêndio dos meus olhos? Quantas liberdades reparei eu uma e outra vez? Eu, que nunca antes pisara assim vidro quebrado, descalço-me pela noite escura adentro.
Existem quantas maneiras de esquecer o nosso futuro? Quantas peles arrancadas ao músculo original do homem? Eu, que nunca arriscara cantar em frente a um público, entrego-me assim ao amor e à violência.