Braço
roçando o mar,
nunca
aprende nesse sal a sentença
que lhe
aguarda a imersão
de toda a
existência.
O braço
detém ainda o poder da fuga
e o seu
gesto é feito apenas
de carícia,
ignorante de
toda a braveza das águas.
O mar é um
ser de raiva,
salivoso e
imponderado,
renovando,
maré a maré,
a sua
injúria à terra.
O braço,
esse, recolhe-se.
Procura uma
toalha, seca-se.
Faz uso da
morte
como hábito
de higiene.