Lança-se o
farol na noite,
pai
silencioso de toda a terra,
à porta
esperando os filhos mortos.
Lança-se,
como se perguntasse,
e ao mesmo
tempo
conhecesse
já impossível a resposta,
pelo destino
dos homens nela.
O farol não
segura os corpos
que vão
alimentar o mar.
E não,
também não avisa
da
tempestade que os barcos destrói.
O farol é
apenas companheiro
do desvio
que ficou em
casa chorando o medo.
Lança-se,
continuamente, na noite,
na esperança
de ser conquistado
pela morte.