Não há como evitar a confusão, nem como dormir
sossegado na aldeia olímpica em que se transformou
esta parte da cidade. Não há já braçadas que nos
livrem de uma sorte que nos empurra a competir
com os nossos próprios fantasmas, não há corrente
de bicicleta que não salte sobre o empedrado onde
antigamente desenhávamos apenas o caminho
para as férias. Não há como evitar línguas obscuras,
nem como perceber todas as mensagens, não nos
prepararam para que os jogos fossem tão mais
exigentes para nós próprios do que para aquilo
que se vai repetindo em slow motion na televisão.
Não há como evitar a confusão, pensamos nós,
falhando os mínimos determinados pela federação.