30.6.16

Futuro

Por não querer um mundo igual 
todos os dias, invento-me novo
a cada manhã, descascando a 
pele de velhos ventos e tempestades.

De tudo pouco ou nada faço 
alarde, de silêncio melhor parece
o caminho percorrido, enquanto deixo
semente em cada centímetro de terra.

Por não querer um mundo o mesmo 
mundo novamente, faço-me de vez
sempre a fazer-me, abrindo bem os
olhos ao que houver de futuro lá para 
a frente.