Ensinaram-me o medo e o silêncio
para que tudo fosse conveniência
e não aventura desmedida.
Fizeram-me enfrentar a desilusão
repetidamente a cada idade
ora empurrando ora puxando-me
de onde queria estar.
No final, ao verem reerguer-me das cinzas
disseram que tudo fora por amor,
como se estivessem felizes
com a sua participação no resultado.
A bem da minha sanidade, calei-me,
deixei-me estar quieto e arrumado,
não fosse desrespeitar a sua memória.