Não feches então os olhos,
não é sono
o formigueiro que toma
o teu corpo.
Não feches os olhos,
cerra antes os punhos
sobre o lençol quente
onde te deitas.
Não feches então os olhos,
abre o sorriso,
deixa-te ser brilho
no meu peito.
Não feches os olhos,
não temas a noite.
Dessas paredes despidas
inventaremos um horizonte.