Há menos um à mesa, esta noite. Aliás, há já muito tempo que a mesa se faz com menos um. Passaram poucos anos e, se a memória não mente, a presença de todos era já uma encenação do que estava para vir. Uns partiram mais depressa, sem se anunciar, até porque estavam perto demais, mesmo na ausência, para despedidas. Outros levaram-nos abraços, levaram-nos sorrisos. Ficamos nós, menos um, a ajeitar o centro de mesa para simular a ocupação do espaço.