1.9.14

Apagamento

Experimento as palavras, que não saem agora tão naturalmente, sem referentes externos. Não me sabem a pedaços de dentro, não se vendem baratas no mercado dos meus lábios, na ponta dos meus dedos. Experimento as palavras, sempre poucas, sempre as mesmas, como quem deixou de ter medo da insignificância. Fica-me bem, neste canto, o apagamento. E sorrio.