Quantas vezes o regresso
nada tem de transgressor
pouco diz do que aparece
se faz mais no que nos falta?
Quantas vezes é apenas
recomeço ou coito estéril
sem noção da própria história
sem um mapa ou um plano?
Quantas vezes a pergunta
já não quer qualquer resposta
fica bem com um aceno
orgulhosamente calada?
Quantas vezes me esqueci
e insisti em não me lembrar?
Quantas vezes foi inútil
o próprio ato de perguntar?