Luís Filipe Cristóvão
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Revista Literária Sítio
31.7.13
Aquele álbum de verão (16)
Falho por falhar
propositadamente
para que tenhas o que dizer
quando me quiseres
criticar.
30.7.13
Aquele álbum de verão (15)
Uma face mostra a timidez
que insiste em esconder-se
ao revelar-se
- complicadas equações
numa tarde de verão.
28.7.13
Dia sim, dia não, sou um poeta em negação.
27.7.13
A má poesia é o pão nosso de cada dia.
26.7.13
Aquele álbum de verão (14)
Camisas abertas
Bocas despertas
Rimas incertas -
Um mundo ao contrário.
25.7.13
Aquele álbum de verão (13)
Dois homens de fato
de boca aberta
distraídos com quem
entra no restaurante.
24.7.13
Aquele álbum de verão (12)
Jovens de calções
passeando pela cidade
enquanto as nuvens cobrem
o céu que um dia
foi azul.
23.7.13
Aquele álbum de verão (11)
Turistas de França
numa paragem da autoestrada
olhando um carro
topo de gama
enquanto moscas
pousam nas sandes.
19.7.13
Homem
A pele curtida
por muitos verões
o sorriso de dentes
gasto
o olhar no mar
perdido.
Apenas um homem
mais,
a lutar contra as marés.
18.7.13
Palavra
No meio do álbum
queria deixar uma palavra
uma palavra apenas
escrita, definitiva, sobre a pele do livro.
No entanto, entre carícias,
a palavra ficou esquecida,
a página em branco
no álbum que, sem acabar,
nem meio terá para encontrar.
17.7.13
Gelado
Procuras no gelado
um refresco
que não chega.
Nunca chega.
16.7.13
Liberdade
A criança corre para a chuva,
uma chuva quente
em pleno julho.
A mãe grita, o pai sorri,
e ambos sabem:
a criança apenas ensaia
a liberdade.
15.7.13
Jovens
Éramos ambos
jovens demais
para saber.
Optámos
simplesmente
por viver.
12.7.13
Aquele álbum de verão (5)
Aos quarenta e três anos
desejas como as raparigas
mas não disfarças
como elas.
És sincera
numa geografia
onde a sinceridade
não vale nada.
11.7.13
Aquele álbum de verão (4)
Uma criança
a comer areia
e um pai
a olhar
pedaços
de vidro.
10.7.13
Aquele álbum de verão (3)
Um homem a perseguir
uma juventude perdida
na filha que já completou
dezasseis anos
e o odeia.
9.7.13
Aquele álbum de verão (2)
A testa suada
os pés gelados
na água.
As palavras roubadas
de bocas tímidas
onde o silêncio
não é opção.
8.7.13
Aquele álbum de verão (1)
Uma mãe
a caminho da praia
com duas crianças
fugindo-lhe das mãos.
A aparente felicidade
não esconde o medo
de, num ápice,
uma delas lhe fugir
para a morte.
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